Entrevista com Marcos Martins

Por Eriberto Henrique
10/05/2018 08:46
noticia Entrevista com Marcos Martins
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Entrevista com Marcos Martins

Saudações queridos leitores! Dando seguimento ao mês de entrevistas na minha coluna, hoje trago para vocês a entrevista que fiz com o escritor pernambucano Marcos Martins, autor de livros como Fora do Paraíso e O Lado Avesso-Nornes. Marcos é pernambucano, formado em Jornalismo e tem 7 livros escritos, entre poemas, contos e ficção. Sendo assim vamos à entrevista.

Nome completo: Marcos Henrique Martins Matos.

Nome artístico: Marcos Martins

Lugar em que nasceu: Recife / PE

 

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Quantos livros você já publicou?

Marcos Martins:

Tenho três livros Publicados e sete escritos.

Os publicados são: Fora do Paraíso (a venda no clube de autores). É uma ficção cientifica com suspense; O Lado Avesso – Nornes, o Mago (Fantasia. Está fora de catalogo, mas se você estiver em Recife pode lê-lo na biblioteca do terminal do metrô, na estação central do Recife); Encontrando-se (conto a venda no site da amazon).

 

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Quantos anos você têm?

Marcos Martins:

 Sou feito a Glória Maria, não conto para ninguém (rs). Brincadeira. Tenho 40 anos.

 

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Possui alguma formação?

Marcos Martins:

Jornalismo, mas queria mesmo era ser astronauta.

 

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O que te levou a literatura?

Marcos Martins:

O caos que me habita. A literatura preenche um vazio que sinto. Igual a uma pessoa que não vive sem ar, não vivo sem ela. Posso até viver sem os confortos e a comodidade de nosso século, mas sem literatura não vivo.     

 

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Com quantos anos começou a escrever?

Marcos Martins:

Queria dizer que fui um garoto prodígio, sabe tipo do Mozart, mas não. Fui uma criança mais ou menos normal para a minha idade. Digo mais ou menos normal porque aos nove anos escrevi um, digamos, protótipo de poesia (queria muito ter guardado). Fazia catecismo na época e como a aula sobre pecados e danação eterna estava tediosa, escrevi umas três ou quadro linhas de um quase poema, onde desenhei uma chaminé de uma fábrica e comparei em versos a fumaça que sai com pecados, ou algo do tipo.

Foi mesmo aos 14 anos que comecei a tomar gosto pela coisa. À maldição da poesia ainda não tinha se manifestado por completo, então comecei a escrever letras para preencher canções, já que tinha o sonho de montar uma banda de Rock, que só vim criar cinco mais tarde.

Das letras das músicas para poesia foi um pulo, no entanto só escrevi meu primeiro romance aos 22 anos.     

 

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Teve apoio ou foi influenciado pela família?

Marcos Martins:

Conhece a história “Casa de ferreiro, espeto de pau?”, no começo minha família não dava a mínima, então tive a brilhante ideia de declamar meus poemas e dizer que eram de outros poetas, depois perguntava se eles tinham gostado, diziam que sim e quando falava que eram meus ficavam admirados e pediam para eu ler novamente. E foi assim que fui formando meu primeiro público.

Não sei se fui influenciado a escrever, mas a ler sim, meus pais sempre compram HQs para mim e minha mãe deu meu primeiro livro quanto tinha uns 4 ou 5 anos. O tenho até hoje.

Hoje me apóiam 101%

 

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Quais seus escritores favoritos e que te influenciaram?

Marcos Martins:

É uma pergunta difícil de responder. É como se me perguntassem “Qual é a mulher mais linda do mundo”, cada mulher tem sua beleza, não é verdade, seja física ou não.

Tenho vários escritores preferidos, mas poderia dizer que o que mora em meu coração é o Machado de Assis, infelizmente tentam fazer com que crianças de 10, 12 anos o leiam. Machado de Assis tem que ser degustado com parcimônia por pessoas mais velhas, quando conheci sua literatura tinha 12 anos e detestei – quem quer trocar uma HQ da Marvel ou DC por Memórias Póstumas de Brás Cubas? Já mais velho é que li o conto A igreja do Diabo; de Machado é me apaixonei por sua literatura.

Bom, como não sou um escritor monogâmico fui conhecendo outros escritores e tendo minha mente influenciada por eles, posso citá-los: Franz Kafka, Charles Bukowski, John Kerouac, Philip K. Dick, John Scalzi, Douglas Adams, Ray Bradbury, Stephen Kink e claro os poetas, Augustos dos Anjos, Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro, Diego Moraes, isso para citar alguns.      

         

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O que é a literatura para você?

Marcos Martins:

Cara é o motivo para eu levantar da cama todos os dias, enfrentar num ônibus lotado para ir trabalhar e voltar para casa, pois sei que posso ler ou escrever algo que vai me levar a outro nível de consciência.  

 

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Qual a importância da literatura para a sociedade?

Marcos Martins:

Somos todos contadores de história, sejam contadas em figuras rupestres ou livros com mais mil páginas, ou ainda um Menestrel transmitido uma informação, somos contadores e devoradores também dessas histórias – mesmo sem ser num grau mais constante em nosso País.

A literatura liberta, seja ela de entretenimento ou não, faz com que descubramos coisas, conta aquela parte do tempo que estamos vivendo ou que alguma sociedade viveu, ou ainda que vamos viver. É o registro de que nos diferenciamos de outros animais.

Fui salvo por Bukowski, por Alberto Caeiro e seu “O Guardador de Rebanhos”, entre tantos outros escritores, mas digo que (para mim pelo menos) o papel da literatura não é salvar o mundo e sim nos salvar do caos, do vazio, das trevas da ignorância que pode nos cercear e isso é uma libertação que só um livro te faz rir, chorar, ter raiva, pode proporcionar.             

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O que você acha do mercado editorial?

Marcos Martins:

Acho que esse mercado é voraz como qualquer outro, o que cabe hoje é o escritor parar de ter medo de se assumir como tal e se profissionalizar cada vez mais, não ficando a mercê de editoras inescrupulosas. Claro, tem algumas serias, mas chega de achar que escrever um livro é apenas a realização de um sonho é, acima da tudo, trabalho duro e solitário, mas que ao término dá uma satisfação arretada.

O escritor hoje tem que ter o mantra que é seguido pelo Rock and Roll: “Faça você mesmo!” e ficar sempre de olho as miragens que algumas editoras proporcionam.

 

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Qual o seu papel como Autor?

Marcos Martins:

Não escrevo para salvar o mundo, escrevo para acalmar o caos que me habita e se com minha escrita puder tocar pessoas, fazer com que elas tenham achado que valeu a pena atrasar sua série favorita ou o estágio de seu jogo, ganhei o dia.

Se uma história minha fizer com que uma pessoa venha até mim e queira saber mais sobre o ofício ou queira uma indicação para um livro ou crie uma nova forma de enxergar as coisas e compartilhe, não fico envaidecido e sim grato por ter proporcionado isso ao leitor ou leitora.

 

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Que livro lhe deu mais trabalho escrever, e por quê?

Marcos Martins:

Acho que foi meu livro de poema “Poemas Fantásticos”, porque foi um livro com uma abordagem e temas, digamos, propostos a mim, foi um desafio, mas consegui. Espero lançá-lo um dia.

 

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O que diria aos seus leitores?

Marcos Martins:

Aos meus leitores diria: “Obrigado por terem disponibilizado um tempinho de seu tempo para ler o que escrevi”. Aos que ainda não são meus leitores: “Você pode me dar o privilégio de ler algo que escrevi? Caso tope, pode entrar em meu mundo sem bater.”.

Links do Autor:

Meu livro Fora do Paraíso: https://clubedeautores.com.br/book/243264--Fora_do_Paraiso#.Wu3V5qQvzIU

Perfil facebook: https://www.facebook.com/marcos.escritor.9

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Poemas de Caverna: http://poemasdecaverna.blogspot.com.br/

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