5 mitos sobre manutenção de carros que você precisa conhecer

Toda vez que compramos carros novos, ficamos querendo cuidar de cada detalhe do automóvel para que ele não se desvalorize e nem sofra algum tipo de problema de longo prazo. É normal: acabamos de fazer uma aquisição enorme e queremos conservá-la o máximo possível. No entanto, nessa vontade de cuidar do veículo, acabamos caindo em alguns dos mitos sobre manutenção de carros que você precisa conhecer.

A cultura automotiva no Brasil é muito focada na conservação e manutenção preventiva dos veículos. Afinal de contas, nossa frota tem idade média de 10 anos, o que faz com que todo mundo tenha um carro relativamente antigo. Quem tem automóveis novos é a exceção da regra. Por isso, sempre há aquela conversa sobre "isso aqui ajuda a conservar o carro" ou "aquilo ali gasta o pneu".

Portanto, é importante que você veja quais são os mitos sobre manutenção de carros que você precisa conhecer para não cair neles e poder cuidar do seu carro do jeito certo. Siga a leitura para saber mais sobre o assunto!

5 mitos sobre manutenção de carros que você precisa conhecer

1. Devemos aplicar uma conta para misturar gasolina e álcool no motor flex

Um mito muito comum que teve início quando os motores flex se popularizaram foi a ideia de que deveríamos ter uma combinação específica de etanol e gasolina no tanque para obter o máximo de eficiência do carro.

Ou seja: se tivéssemos algo como 41% de etanol e 59% de gasolina, teríamos o carro o mais potente e eficiente possível. Isso, claro, é falso.

Os motores flex são adaptados e criados para ter a mesma potência e eficiência independentemente do tipo de combustível usado ou da combinação entre eles. Portanto, não há esse negócio de misturar os dois em uma determinada porcentagem.

2. O ar-condicionado gasta o gás do sistema

Outro mito muito conhecido que teve início quando a tecnologia foi apresentada é a ideia de que não devemos deixar o ar-condicionado muito tempo ligado dentro do automóvel, pois isso gastaria o gás do sistema.

Imagine a inconveniência se isso fosse verdade. A pessoa usaria o ar-condicionado e, com o tempo, ele deixaria de ter efeito pois o “gás acabou”. Seria um absurdo e um custo extra enorme para o motorista.

O gás do ar-condicionado só precisa ser reposto ou completado caso haja um vazamento dentro do sistema. Nesse caso, sim, ele será “gasto”, por assim dizer. Fora isso, pode utilizar o recurso sem medo.

3. Descer na banguela poupa combustível

Na maior parte dos casos, o senso comum nos ajuda a entender bastante sobre a vida e a sociedade. No entanto, em muitas situações, ele nos leva a cometer erros que são contra-intuitivos.

Por exemplo: se você desligar o motor em uma descida e deixar o veículo ir na “banguela”, você poupa combustível, certo? Intuitivamente, nós queremos dizer que sim. Afinal, o motor não está consumindo gasolina.

No entanto, na prática, isso não é verdade. Você gasta mais gasolina para religar o motor depois de colocá-lo na banguela do que gastaria descendo a estrada com ele ligado.

4. É preciso aquecer o motor para usar

Ao contrário dos outros mitos dessa lista, este aqui foi verdade por algum tempo. Antigamente, os motores do carro precisavam ser aquecidos para poder criar um bom equilíbrio entre gás e combustível para a combustão que fazia ele funcionar.

Inclusive, havia modelos que saíam de fábrica com um botão de “Afogador”, que restringia a passagem de ar no carburador para encontrar o melhor equilíbrio entre gás e combustível e dar partida mais facilmente.

Hoje em dia, isso não existe por causa do sistema de injeção eletrônica. Ele permite que a partida inicial do carro seja feita de maneira muito mais simples, tornando o aquecimento um processo natural do carro andar por aí.

5. Não é necessário "amaciar" o motor

Um hábito antigo que ainda permanece verdadeiro é o de "amaciar" o motor. Na prática, significa deixar o motor do automóvel funcionar bem até ficar bem lubrificado e preparado para funcionar, já que os itens novos acabam apresentando rugosidade e outros probleminhas da falta de uso.

Amaciar, portanto, é andar com o carro dentro de certas condições (normalmente em baixa velocidade e com baixas rotações) até o motor atingir um nível que permita que o usuário o utilize normalmente. Para saber como fazer isso, consulte o seu Manual do Proprietário para ver qual o máximo de quilometragem, velocidade e rotações até o motor estar amaciado para usar.

Pronto! Agora que você já sabe desses mitos sobre manutenção de carros que você precisa conhecer, é hora de parar de agir como se eles fossem verdade. Conhecê-los ajudará o seu automóvel a ter maior durabilidade e garantirá mais eficácia e vida útil para o seu veículo. Isso significa, também, maior conservação do valor do carro no longo prazo, quando você precisar vendê-lo.

E aí, gostou do conteúdo? Nós esquecemos de algum mito? Se sim, comente abaixo!