Paulo cintura diz "não" ao convite da TV Record para participar da "A Fazenda" 2021

Por Thiago Winner: Compositor, poeta e escritor
23/06/2021 20:48
noticia Paulo cintura diz
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Convidado a participar da 13ª edição do reality show “A Fazenda”, o humorista Paulo Cintura respondeu com um não.

O convite foi feito esta semana pela emissora Record.

Cintura não é o primeiro a rejeitar o convite, nesta mesma semana a atriz e apresentadora Antonia Fontenelle também rejeitou o convite.

Em contato com o NQC, Cintura afirmou que não está disposto a passar 3 meses trancado em uma casa com desconhecidos.

Em novembro de 2017 ele deu um não na Globo e afirmou que não voltava para emissora.

Opinião

Cintura agiu certo. Embora trate-se de um entretenimento, esta mais do que na hora desse tipo de atração dar lugar para um pouco de cultura de verdade.

Pergunto: onde estão as verdadeiras músicas? E o teatro? O cinema? A literatura? Os talentos brasileiros deixaram de existir? Será que apenas militantes revolucionários, lacradores de plantão e patrulheiros do politicamente correto terão espaço nas maiores audiências dos meios de comunicação?

Tanto Paulo quanto Fontenelle agiram corretamente: o não, foi a resposta mais acertada.

Se as emissoras quiserem fazer as pazes com a audiência, que voltem a ser pelo menos interessantes, deixando de lado as pautas ideológicas que inundaram a arte, reduzindo-a ao tamanho de uma casca de ovo de galinha codorna, quando se trata de um tema tão relevante quanto a própria formação das civilizações, ou, os desenhos nas paredes das cavernas, a pintura rupestre, que antecedeu os idiomas e a matemática, não seria a prova material de que a arte precedeu toda a cultura e estabeleceu assim, o lastro civilizatório? Pelo menos os ditos artistas, tem obrigação moral de saber isto.

Militante revolucionário representa atraso cultural, ele não expressa os intervalos subjetivos da experiência humana, apenas faz publicidade de pautas pré-determinadas por ideologias com objetivo de impulsionar atos políticos correspondentes no Poder Legislativo. Absolutamente, isso não é cultura, é publicidade, e do tipo mais prolixo.

Cintura e Fontenelle ficaram conhecidos nos últimos anos como combatentes ferrenhos desta loucura de “politicamente correto”, oferecida como produto de ciências sociais, música para os ouvidos militantes e um inferno para o resto da população. Na prática ambos são guerreiros da liberdade.

 

Créditos do texto: https://nadaquecalar.com/

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