Entrevista Com DJ Mauro Borges

Debby Mian - 19/10/2015
Debby Mian  |  27/05/2020
noticia Entrevista Com DJ Mauro Borges
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                                            Imagem do acervo do  DJ Mauro Borges

 

O Dj Mauro Borges fez história no cenário eletrônico no Brasil com seu talento e irreverência, que fizeram com que ele se tornasse um dos ícones da cabine na noite paulistana. Ele infelizmente nos deixou no ano de 2018 e com certeza estará presente em nossos corações, eternamente.

Em 2015 ele me concedeu uma entrevista muito divertida, confira!

 

Qual era sua profissão antes de ser DJ? 

R: Eu sou formado em jornalismo e trabalhei em um pouco de tudo antes de me tornar DJ. Inclusive  trabalhei  como modelo em Milão em  meados de 1988 e 1989. 

 

Quando iniciou sua carreira como DJ e como foi?

R: Foi meio ao acaso ,pois sempre gostei  demais de dançar e isso  me bastava. Depois de dois anos que voltei  da Itália,  recebi o convite do DJ Renato Lopes e Eloy W para  ser DJ em um Club novo , o Nation, que por sinal revolucionou a noite paulistana.

 

Como era ser DJ em meados dos anos 80/90? Qual a diferença entre os  profissionais de hoje? 

R: Nos anos 80, ser DJ ainda era algo underground e de pouca popularidade,porém nos anos 90 era o lance do momento e  grande parte disso foi  pelo sucesso do meu trabalho, de Renato Lopes, DJ Mau Mau, Ricardo Guedes e alguns nomes que inovaram e criaram uma imagem. 

 

Você tocou em diversas casas noturnas. Quais foram as principais onde em sua opinião, deram mais visibilidade ao seu trabalho?

R: O Nation foi a primeira que toquei por três anos, lá criei a minha imagem de DJ performático que toca, dança e interage com  o público.Também criei o primeiro grupo de Dance Music e música eletrônica do Brasil, o Que Fim Levou Robin?, que lançou um álbum pela Warner em 91 e fomos escolhidos grupo revelação e música do ano, com "Aqui Não tem Chanel"pela revista Bizz da editora Abril. Ao lado da Bebete Indarte, criei o Clube Massivo, que  foi a primeira casa Mix do Brasil e trouxe muitas novidades para a noite , como Drag Queens e Hostess. Criei a Disco Fever, que foi o lugar onde surgiram os primeiros Go Go Boys.

 

A banda  Que fim levou o Robin, teve muita visibilidade para a Dance Music na época. Por qual motivo durou tão pouco? 

R: Na verdade surgiram outras coisas que tomavam muito tempo como o Club Massivo, que foi um marco na noite  e fomos um projeto muito antes do tempo.  

 

Você teve a oportunidade de participar da Spirit Of London  com a  tenda Freedom. Qual a importância desse trabalho para o segmento GLS?

R: A  minha história na Spirit começou com o programa Disco Fever, que tive na rádio 97 FM  de 2004 até 2007  e foi o primeiro programa de rádio voltado para o público GLS no Brasil. Em 2005, recebi o convite pra tocar em  um After House, no festival e  que graças a grande presença do público GLS virou uma pista da qual fui residente por 10 anos.   

 

Entrevistei a Hostess Mylanta Plus , onde não perdeu a oportunidade de falar sobre os trabalhos  realizados com você. Qual a importância de um Promoter ou Hostess para os projetos  e festas de um modo geral? 

R: Uma promoter e um host, são a imagem da festa e o elo de ligação entre o  DJ e o público. Devem falar  a nossa língua e pensar como nós.

 

O que foi para você posar para a revista G Magazine?

R: Foi uma atitude bem ousada para a época e deu muita repercussão e gerou muita polêmica, que aliás  eu sempre adoro.

 

No momento é residente de  qual casa noturna? Fale sobre seus projetos atualmente.

R: Eu atualmente sou residente  da Aloca, da Bubu, do Club Mono, do club Bofetada e do Club 88 em Campinas, onde tenho em cada um , uma festa mensal. Também estou lançando meu novo vídeo Clip da minha música nova, "Fashion". 

 

Neste mês de outubro, você comemora 28 anos de carreira. Qual o segredo para estar em evidência até os dias de hoje?  

R: Sexta feira , dia  23 de outubro comemoro no Mono Club 23 anos de discotecagem. Acho que o  segredo para estar a tantos anos na ativa é estar sintonizado com a música em todos os sentidos , não tendo preconceito e se manter jovem de alma. 

 

De um modo geral,com  todos os trabalhos que realizou até agora ,o que leva como aprendizado  e qual o grande toque que você daria para quem está iniciando  ?

R: Aprendi que temos que sempre estar com os pés no chão e que trabalho é trabalho, não importa o que você faça. Tem que ser humilde e  dedicado e manter seus valores, sua fé e nunca achar que você é o centro do Universo, pois  somos parte de uma festa , que é a  vida. 

 

Assista o Clip "FASHION" na íntegra!

https://youtu.be/UX9kN9RvJrc

 

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